Rei do Futsal, Falcão pode se tornar uma espécie de embaixador do esporte no Japão
Foto: Sergio Moraes / Reuters
Eleito duas vezes o melhor do planeta e realizado financeiramente — jogando no Orlândia e com seis patrocinadores individuais, seu salário anual gira em torno de R$ 3 milhões —, o ala da seleção brasileira está pensando com carinho na proposta. Aos 35 anos, Falcão planeja jogar mais dois ou três. A ideia seria encerrar a carreira em terras asiáticas.
— Nunca fiquei mexido por propostas estrangeiras, só que essa do Japão é bem forte. Seria uma mudança radical, inclusive para minha família, mas o futsal japonês já está bem melhor, o que é facilitador. De qualquer forma, não quero ir agora. Logo na primeira conversa, empurrei para 2014 — conta.
Até lá, Falcão tem outros projetos. O mais urgente é conquistar seu sétimo título da Liga Futsal pelo Orlândia. Os jogos contra o Joinville acontecem nesta quinta, dia 27, e na outra segunda-feira, 1 de outubro. Seu outro desafio é conseguir que sua campanha individual pela inclusão do futsal no programa olímpico da Rio-2016 surta efeito.
— Pela força que o esporte conquistou, mão há motivos para não ser incluído. O que me frustra é que não há empenho do Comitê Olímpico Brasileiro para, pelo menos, tentar. Será uma vergonha se ficarmos muito atrás no quadro geral de medalhas nas Olimpíadas aqui, e o futsal pode aumentar o número de medalhas para o Brasil. Já demos resposta positiva com o ouro no Pan de 2007 — argumenta Falcão, cujo próximo compromisso com a seleção brasileira será a Copa do Mundo, em novembro na Tailândia, onde buscará o bicampeonato com a equipe e o terceiro título de melhor jogador do mundo.
Para quem já ganhou quase tudo o que podia com o futsal, participar das Olimpíadas em casa seria a cereja do bolo.
— Não sei se ainda vou estar jogando em 2016, mas quero dar uma forcinha como atleta ou como membro da comissão técnica. Quero me manter na seleção quando me aposentar, seja como treinador ou dirigente.
Habilidade nata
Sem falsa modéstia, Falcão diz que sua habilidade é um dom. Segundo ele, seus famosos dribles nunca lhe exigiram horas e horas de treino, são apenas uma reação espontânea do corpo. Ao reconhecer sua importância para a popularização do futsal, Falcão demonstra apenas uma preocupação com o futuro:
— Minha geração foi a última de qualidade. A nova, que está chegando agora, já pegou a regra do goleiro-linha (quando o goleiro joga como atacante), que está acabando com a plástica do jogo — critica.
Da sua passagem por cinco meses pelo futebol de campo em 2005, quando conquistou o Paulista e a Libertadores pelo São Paulo, saiu estremecido com o técnico Leão, mas Falcão diz que não guarda mágoa.
— Leão sempre teve os alvos dele. Eu tinha apoio da torcida e voltei ao futsal valorizado. Não precisava provar nada para ninguém.
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